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Sobre comunicado da ABA

'Decisão de enviar cópia física ou digital é do diretor', diz APRO

17.04.13


A APRO (Associação das Produtoras do Audiovisual) enviou essa semana um comunicado para seus associados, depois que a ABA (Associação Brasileira de Anunciantes) acusou algumas produtoras de "boicotarem" a implantação do streaming - entrega digital de cópia de comerciais para emissoras de TV (leia aqui).



Segundo Sônia Regina Piassa, diretora executiva da Apro, a decisão sobre enviar cópias físicas ou streaming do comercial deve ser do diretor de cena, que é o detentor do direito autoral sobre sua obra. "Uma vez que o diretor sinta e entenda que a qualidade de seu trabalho será prejudicada se a cópia for streaming, ele pode brecar. É uma decisão dele", defende.



"Isso não significa que haja boicote ao streaming. O que ocorre é que ninguém tem a dimensão do sacrifício que a produtora faz para garantir a qualidade de um filme. Só quem é do meio sabe", argumenta Sônia.



No comunicado às produtoras, a Apro afirmou que, enquanto as emissoras aceitarem cópias físicas, a entidade vai insistir no envio do material físico, de acordo com Sônia. "A cópia física é tão digital quanto um link", diz. "A fita XDCam é tão digital quanto um streaming, ela contém dados digitais, não analógicos. Além disso, a fita é indestrutível, pode ser reutilizada por mais de 50 anos”, comenta.



Em relação à recomendação da ABA aos anunciantes comprarem ou montarem uma produtora, Sônia rebate: "produtora é prestadora de serviços. Se eu comprar o consultório médico da minha cardiologista, eu comprei o espaço físico. Se na negociação entrar a cartela de clientes dela, não vai adiantar nada, porque se eu for uma péssima médica, em dois tempos vou perder todos eles. Se os anunciantes comprarem produtoras, vão perder dinheiro", defende.



Leia anterior sobre o assunto aqui.


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