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RioContentMarket 2015

Criativos destacam a necessidade de bom conteúdo para boas marcas

27.02.15

Na quinta-feira, 26, à tarde, aconteceu a mesa “Afinal, o que querem as agências?”, reunindo os criativos Joanna Monteiro, da FCB Brasil; Carlos André Eyer, da NBS; Marcio Juniot, da LBTM; e Alvaro Rodrigues, da Africa Rio, com mediação de Mario Nakamura, da produtora carioca Cinerama.

Os criativos apresentaram cases de primeira linha de suas respectivas agências, premiados e efetivos, que envolveram a produção de conteúdo diferenciado para clientes como Smiles, Fiat, CNA, Nivea, Coca-Cola (i9) e Hospital Amaral Carvalho. Em seguida, cada um fez algumas colocações isoladas sobre a questão levantada no título da mesa, mas não houve tempo para um debate conjunto, de fato.

Ficou então a pergunta: por que não há uma quantidade mais significativa de trabalhos como esses? Carlos André Eyer levantou alguns pontos que, segundo ele, são entraves para que bons conteúdos para as marcas sejam produzidos com maior frequência. Ele relembrou uma colocação feita a ele por Ícaro Doria, profissional que deixou o Brasil e a direção criativa da Wieden SP, recentemente, de volta aos EUA, onde já havia trabalhado anteriormente, assumindo agora a criação da DDB de Nova York: “Quanto mais eu faço uma campanha chegar a 1 para 1, o que é maravilhoso, menos rentável eu sou. Esse é o grande nó do Brasil”.

E Eyer completou: "A quantidade de projetos que estão engavetados numa pasta do meu computador é enorme. De cada 70 criados, acho que apenas sete se concretizam. E por que isso está acontecendo? Além da questão da forma de remuneração das agências, levantada pelo Icaro, há por exemplo a questão das métricas usadas pelos clientes para medir a rentabilidade. Não há métrica para medir a eficácia do conteúdo. Fica então difícil aprovar projetos assim", completou.

Álvaro Rodrigues disse acreditar que a parceria entre agências e produtoras deve se estreitar naturalmente, aprofundando um movimento de cocriação, de soma. Prova disso seria, segundo ele, o grande número de produtoras contratando criativos para ajudar a pavimentar essa nova avenida. "Somos todos interessados em contar boas histórias, seja em um game ou em um documentário, ou ainda em 30 segundos. Somos contadores de histórias e os clientes são os viabilizadores dessas histórias", destacou.

Joanna Monteiro reiterou que as agências querem hoje, e sempre quiseram, contar boas histórias, fazer coisas relevantes para as marcas, e, agora, é preciso incluir aí as novas telas e formatos. "Precisamos aprender a trabalhar cada vez melhor esses novos formatos, fora dos 30 segundos, e vamos aprender juntos. Se a história é boa, todo mundo quer ouvir", ela sublinhou.

Marcio Juniot defendeu o papel das agências como mediadoras entre clientes e produtoras, já que as agências conhecem em profundidade as necessidades dos clientes e das marcas e também os formatos da narrativa audiovisual.

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